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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Executiva convoca Sesau para esclarecimentos sobre a ameaça de demissão coletiva de médicos no HMR

 


Após as ameaças de demissões coletivas de médicos(as) obstetras do Hospital da Mulher do Recife (HMR), a Comissão Executiva convidou representantes da Secretaria de Saúde (sasau) para dar esclarecimentos e elucidar o caso. “Essa demanda foi um pedido do colegiado que viu a necessidade do Conselho entender a situação e se posicionar a respeito”, disse o coordenador do CMS-Recife, Oscar Correia.

Realizado durante reunião ampliada na segunda-feira, 21, o encontro contou com a participação do Secretário-Executivo de Regulação, Média e Alta Complexidade, Aristides Oliveira, e da Diretora Geral do HMR, Isabela Coutinho, para entender melhor sobre essa problemática que o hospital vem passando.

“Esse é um espaço importante para esclarecer e dizer como está essa situação do Hospital da Mulher”, disse Aristides. “Desde 2019, o Hospital da Mulher foi convertido para atendimento de alto risco, onde havia a perspectiva de ampliar, em cinco obstetras, os plantões de 12h”, conta. “Já fizemos algumas seleções simplificadas, mas não obtivemos êxito no preenchimento dessas vagas”, conclui.

O pedido de demissão coletiva foi deliberado pelos médicos e médicas, onde os(as) profissionais alegaram um "cenário de horror", com "cenas de guerra", por conta da quantidade insuficiente de profissionais e da falta de insumos para atender as usuárias.

“A pandemia sobrecarregou o hospital, devido ao fechamento do IMIP”, conta Aristides, que explicou que existem três maneiras de dar entrada no HMR. “Ou essa mulher entra regulada pelo Estado, ou dar entrada por conta própria, ou é encaminha pela regulação do Recife”, explica. “O que houve foi uma sobrecarga no sistema e é preciso dialogar para encontrar a melhor solução possível. A gente não fecha portas, mas é preciso avaliar se o volume para o HMR precisa ser melhor calibrado”, avalia.

A Diretora Geral do HMR, Isabela Coutinho, reconhece o grande número de usuárias no Hospital. “[O HMR] está superlotado e reconhecemos isso, mas não há cenário de guerra como está sendo divulgado. Mas, o que acontece é que estamos sendo penalizado por atender demais. O ônus é da rede e não só de Recife”, conta. Isabela ainda afirma que a assistência vem sendo dada da melhor forma possível. “Mesmo tendo um crescente e elevado número de pacientes nas nossas portas de entradas, existe uma equipe extremamente qualificada para a mulher”, enfatiza.

Isabela também reforça que essa sobrecarga na equipe é devido as vagas disponíveis para os(as) médicos(as) obstetras(as) que não têm interesse em ocupá-las. “O maior problema são com os plantões que não conseguimos ampliar. Temos que fazer uma força tarefa, pois a vaga existe, precisa que os médicos cheguem”, ressalta afirmando que existe orçamento para tal finalidade.

Alguns questionamentos surgiram ao longo da reunião. A conselheira Adeilza Souza perguntou sobre o percentual de atendimento das mulheres do Recife e de outros municípios. “Hoje, temos 40% das mulheres sendo munícipes de Recife. Os outros 60% são de outros municípios”, disse Aristides. Já a conselheira Carmela Alencar, indagou o que os gestores poderiam fazer para minimizar esses problemas apresentados pelos profissionais. Em resposta, foi dito que existe a possibilidade de abrir novos leitos para aliviar os transtornos e que a falta de insumos foi uma questão pontual de fornecedores, mas que já foi normalizado.

Diante dos fatos expostos, o coordenador do CMS-Recife, Oscar Correia, perguntou se existe alguma contribuição do Estado. “Já que atendemos mulheres de outros lugares, existe algum repasse por parte do Estado?”, disse. Outro ponto que foi levantado foi referente aos salários dos(as) médicos(as), o que poderia ser uma forma de justificar a não adesão desses profissionais às vagas disponíveis. “Esses salários são compatíveis com a especialidade?”, indaga.

Aristides respondeu que, atualmente, o Estado não faz nenhum repasse e que o Hospital da Mulher recebe recursos do SUS e do próprio município para se manter. Quanto aos salários dos profissionais, foi garantindo que os valores são compatíveis.

Oscar ainda perguntou sobre o entendimento com o Ministério Público na audiência realizada na semana passada. Aristides disse que “houve uma escuta”, onde foi pedido para “ter um consenso de modo que a sobrecarga seja atendida”. Segundo ele, “o SIMEPE pleiteia seis vagas, mas temos dificuldade de compor as equipe com cinco”. Como encaminhamento ficaram de “montar uma estratégia, junto com o CREMEPE, que traga algo mais concreto e quais os parâmetros que serão adotados”.

Um comentário:

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