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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Plenário se reúne para debater políticas de saúde

    Os conselheiros e conselheiras do CMS-Recife discutiram, na última quinta-feira (27), a Política Municipal de Atenção Integral a Saúde do Homem e as Ações de Controle a DST, AIDS e Hepatites. As apresentações estavam dentro da pauta da 278ª Reunião Ordinária do colegiado. A plenária contou com a participação expressiva de conselheiros (municipal e distrital), residentes, técnicos da Secretaria de Saúde (SESAU) e de ex-conselheiros, a exemplo de Ana Cristina Montenegro, Leumin Oliveira e Renê Guedes, que vieram participar e contribuir com o debate promovido pelo CMS-Recife.

    Com os trabalhos iniciados pelo coordenador da casa, Oscar Correia, a reunião seguiu o protocolo onde foi lida a pauta e os presentes se apresentaram. Em seguida, o chefe de Divisão de Atenção às DST, Aids e Hepatites Virais, Alberto Enildo, que trouxe uma contextualização das doenças no município, além de exemplificar qual o foco, o tratamento, as ações preventivas e os desafios que a política enfrenta. 
Alberto Enildo apresentou as ações de controle de DST, AIDS e Hepatite
    O conselheiro José Cleto (segmento Usuário, representante do Centro Comunitário da UR – 12 - RPA 6), questionou o fato de algumas Unidades de Saúde da Família estarem limitando a entrega de preservativos e falou que, hoje, não vê tantas campanhas de prevenções nas comunidades, que elas passaram a ser pontuais, exemplo da Parada da Diversidade e do Carnaval. "Ainda está muito fraco a campanha da prevenção. Para mim, é onde a gente deveria atuar mais... É a questão da prevenção. Não é deixar a pessoa se contaminar para depois a gente atuar. Devemos atuar mais na prevenção", disse. E ainda ressaltou que existem saunas, boates e cinemas (destinados a essa população), onde é cobrado algum valor para ter acesso as caminhas e lubrificantes que são disponibilizados pela SESAU. "Não há fiscalização?", indagou.
     Em resposta, Alberto disse que realmente acontece essa limitação ao acesso de preservativo, mas que não é o recomendado e que essa troca de informação só ajuda a solucionar o problema. E afirmou que todos os Distritos Sanitários estão programando ações de campanhas nas unidades de saúde nas suas comunidades. Referente a fiscalização em cinemas, Alberto disse que o material não pode ser comercializado, já que ele está sendo disponibilizado de graça. Prometeu fazer uma fiscalização mais intensa e pediu ajuda ao conselho para coibir esse tipo de prática.
     A fonoaudióloga e ex-conselheira, Ana Cristina Montenegro, quis saber qual o foco do trabalho de prevenção nos locais com maior índice de AIDS (a exemplo de Boa Viagem e Nova Descoberta) e como se dá essa prevenção. Alberto respondeu que a proposta, que vem do Ministério de Saúde, é uma prevenção combinada, ou seja, deixa de pensar somente a distribuição do preservativo e passa a estimular os usuários a fazer o teste.
     Em seguida, o coordenador da Política Municipal de Atenção Integral à Saúde do Homem, Bruno Feitosa, foi convidado para apresentar a política. Com o objetivo de "promover ações que contribuam significativamente para a compreensão da realidade masculina nos diversos contextos socioculturais", a política visa levar uma saúde integral à população masculina nos serviços do SUS/Recife, conscientizando e promovendo uma diminuição nos agravos e enfermidades do homem.
Bruno Feitosa apresentou a Política Integral à Saúde do Homem
     A conselheira Vasti Soares (segmento Trabalhador, representando o SINDCS), indagou o fato da política não estar junto da unidade, da comunidade e reforçou a fala de que quando chegar mais perto irá aguçar a curiosidade do homem e ele passará a procurar pelos seus direitos. Em resposta, Bruno relembra que a política é relativamente nova (2013), mas que existem ações de divulgação para chegar à população, como palestras, materiais de divulgação, etc.

    Como deliberações, o pleno aprovou, por unanimidade, o parecer misto, feito pelo grupo de trabalho instituído para analisar os indicadores e metas no ano de 2014 para a pactuação do SISPACTO; O pleno acordou que a secretaria de saúde deve encaminhar a agenda das suas ações (campanhas, inaugurações, etc) ao conselho para socializar com todos os membros do CMS-Recife.

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