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segunda-feira, 10 de setembro de 2018

CMS marca presença no 9º CITTÃO

       Tendo como objetivo refletir sobre os desafios, impactos e as perspectivas para a atuação do Controle Social no atual quadro do país, especialmente nas qualificações das Comissões Intersetoriais de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (CISTT), o Conselho Nacional de Saúde (CNS) realizou, entre os dias 21 e 23 de agosto, em Brasília/DF, o 9º Encontro Nacional das Comissões Intersetoriais de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora, o CISTTÃO.
O conselheiro Euclides Monteiro (E) entre a delegação de Pernambuco no 9º CISTTÃO
     Como principais pontos de debate, representantes das CISTTs de todo o país, avaliaram, entre outros temas, os impactos da Reforma Trabalhista, que trazem consequências ampliadas a todos (as) que fazem parte do movimento. Como afirma o representante e coordenador da CISTT do CMS-Recife, Euclides Monteiro, destacando sobre o debate em que esteve presente. “Participei do grupo onde debatemos sobre o tema central da 16ª Conferência Nacional de Saúde, onde enfatizamos justamente a democracia e a consolidação dos direitos e financiamento no Sistema Único de Saúde, o SUS”, concluiu.
      Fizeram a composição da mesa de abertura do 9º CISTTÃO, o presidente do CNS, Ronald dos Santos, a secretária-Executiva do CNS, Ana Carolina Dantas, o secretário de Relações de Trabalho da Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil (CTB), Paulo Vinícius, a representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Madalena Margarida, a coordenadora geral do Departamento de Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, Karla Baeta e o atual coordenador da CISTT Nacional, Geordeci Menezes.
      Caracterizado como um momento para dar voz ao movimento e trabalhar por mudanças, o 9ª CISTTÃO teve como grandes interessados, os estudantes, conselheiros de saúde, coordenadores dos Centros de Referências em Saúde do Trabalhador (CEREST), representantes das centrais sindicais e movimentos sociais, com o intuito de tornar público o debate sobre a saúde e bem estar do trabalhador, enfatizando sempre a precarização nas legislações, como disse o coordenador da CISTT Nacional, em sua fala de abertura. “O adoecimento e os acidentes tendem a serem mais comuns agora, com a precarização ampliada por mudanças na legislação trabalhista, que aumentam a pressão e o assédio sobre os trabalhadores”, afirmou Geordeci.
         Segundo a plataforma desenvolvida e mantida pelo Ministério Público do Trabalho em Cooperação com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho aponta que somente de 2012 a 2017 foram registrados 4.269.648 acidentes de trabalho. Um a cada 48 segundos. O total de mortes neste período foi de 15.874.
        Durante os três dias de evento foram realizadas promoções de Oficinas de Formação em Saúde, debates sobre Nanotecnologia, isso é, tecnologia que trabalha em escala com as dimensões de átomos ou moléculas, a automação no mundo do trabalho, Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a Agenda 2030, com ênfase na saúde dos trabalhadores.
        No encontro foram definidas as diretrizes que irão nortear as etapas de realização da 16º Conferência Nacional de Saúde, sendo elas: a centralidade do trabalho na discussão da saúde, a Saúde do Trabalhador e Trabalhadora (STT) informal, trabalho reprodutivo das mulheres, assédio moral e sexual, uso indiscriminado de medicamentos, ensino e pesquisa em STT com núcleos de estudo em universidades públicas para definição de pesquisas sobre ambientes e processo de trabalho, entre outros temas de importância para o segmento trabalhador e consequentemente para a população.
     Ainda, foram traçadas e pautadas estratégias, na qual serão alinhadas entre os representantes a fim de aperfeiçoar a participação e mobilização, fazendo assim, com que as ideias ganhem mais adesões e consequentemente, articular em conjunto com os parceiros a possibilidade da discussão do tema em todo país.

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