Durante a manhã de ontem, terça-feira, 25, o Conselho Municipal de Saúde do Recife (CMS-Recife) foi palco para o encontro do Comitê Municipal de Estudo da Mortalidade Materna do Recife (CMEMM-Recife). Realizada às 9hs, a reunião teve como intuito mostrar os conceitos básicos da vigilância da mortalidade materna e mostrar o resultado das discussões dos óbitos feitas pelo grupo técnico do comitê.
Formado pela secretaria executiva, coordenação e pelo grupo técnico, o comitê possui seus representantes dentro desses três pilares que o compõem. Conheça alguns dos seus integrantes: a secretaria de saúde, o CMS-Recife, Movimentos da Mulher, a Diretoria Epidemiológica, médicos, enfermeiros e representantes dos Distritos Sanitários.
Ao longo do encontro, alguns dos presentes fizeram relatos que expressaram questionamentos referentes ao papel daqueles que estão a frente dessa temática, como: para quem recorrer e como lidar com essas situações de óbito materno. Segundo apresentação feita pela enfermeira obstetra e ex-gerente da Atenção a Saúde da Mulher no município, Anvete Leal, tudo isso pode ser evitado com o cuidado em conversar com a mulher para poder entender o que ela sente e ajudá-la a buscar um acompanhamento durante toda a gravidez.
"É uma cadeia de erros que desencadeia no óbito", falou. "Se existe um percentual de 98% de casos evitáveis, porque ainda há óbito entre essas mulheres? Tem que observar isso", questionou Anvete. "É fazer pressão, de forma coletiva, para ter um controle social mais efetivo", finalizou.
Estimular a instalação das comissões locais de Mortalidade Materna, reunir dados levantados em nível local promovendo uma avaliação contínua da situação da mortalidade materna e de seus fatores determinantes, e incentivar as autoridades competentes a atuar sobre o problema através das medidas necessárias, são alguns dos fatores que o comitê se propõe a resolver.
Dona Gilda falando sobre sua vivência no CMEMM |
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