As conselheiras Rivânia Rodrigues, Angélica Araújo e Vasti Soares marcaram presença no 9ª Seminário
Nacional de Lésbicas e Mulheres Bissexuais (Senalesbi). Com o tema “20 anos de
luta e desconstrução: desafios e perspectivas”, a edição deste ano foi sediada
em Teresina, no Piauí, entre os dias 9 e 12 de junho.
Com cerca de 250 mulheres de
todos os estados brasileiros, o evento contou com uma programação que teve,
entre outras coisas, rodas de conversas, oficinas e plenárias, as conselheiras
puderam usar o espaço para fazer uma reflexão do movimento e aproveitaram para
debater sobre a promoção dos diretos das lésbicas e mulheres bissexuais.
“[Essa edição] houve um resgate histórico dos
outros seminários, onde foram apresentados os reconhecimentos sociais e as
conquistas das políticas públicas voltadas para a população LGBT”, disse a
conselheira Angélica Araújo. “Debatemos também sobre a atual conjuntura do
país, onde estamos sendo ameaçadas em perder nossos direitos. O grande desafio
é conseguir manter o pouco que já conquistamos”, avalia.
A conselheira Angélica Araújo disse que o grande desafio é manter as conquistas da população LGBT |
Sendo o primeiro seminário
com a participação de mulheres bissexuais, o Senalesbi teve uma grande
renovação de mulheres no movimento. “Acredito que houve cerca de 70% de
renovação. Muitas lésbicas jovens participaram do seminário e elas têm muito a
contribuir, pois elas passam a participar do movimento com uma leitura
diferenciada e se comunicam de formas diferentes”, disse a conselheira
Angélica.
Um dos propósitos do encontro
foi a construção de uma rede de solidariedade e difusão de
conhecimentos relevantes para as lésbicas e mulheres bissexuais. Além disso, as
conselheiras também discutiram sobre estratégias de enfrentamento à lesbofobia,
bifobia, sexismo, racismo e demais expressões da violência de gênero.
Para a conselheira Rivânia
Rodrigues o evento trouxe uma significativa troca de experiências. “Pudemos avaliar
quais foram os avanços e quais são os desafios que as lésbicas e mulheres
bissexuais enfrentam diariamente. Aproveitamos a oportunidade para mostrar como
o Conselho de Saúde do Recife atua nessa temática e levamos a realidade do
município que é uma cidade muito avançada nesse contexto”, disse a conselheira,
se referindo ao laboratório LBT que atende as mulheres lésbicas, bissexuais e
as transexuais no Hospital da Mulher do Recife.
Rivânia também lembrou que Recife
foi a primeira cidade do Norte/Nordeste a lançar um Política Integral de Saúde
voltada a população LGBT. “Temos que fazer valer os documentos mais importantes
que são os das conferências”, disse.
Além das discussões,
o evento também foi marcado pela diversidade de atividades culturais com
apresentações de musicais, teatro, poesia, grupos de dança, cultura negra, entre
outros.
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