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quinta-feira, 16 de junho de 2016

Conselheiras participam do 9º SENALESBI

       As conselheiras Rivânia Rodrigues, Angélica Araújo e Vasti Soares marcaram presença no 9ª Seminário Nacional de Lésbicas e Mulheres Bissexuais (Senalesbi). Com o tema “20 anos de luta e desconstrução: desafios e perspectivas”, a edição deste ano foi sediada em Teresina, no Piauí, entre os dias 9 e 12 de junho.
     Com cerca de 250 mulheres de todos os estados brasileiros, o evento contou com uma programação que teve, entre outras coisas, rodas de conversas, oficinas e plenárias, as conselheiras puderam usar o espaço para fazer uma reflexão do movimento e aproveitaram para debater sobre a promoção dos diretos das lésbicas e mulheres bissexuais.
  “[Essa edição] houve um resgate histórico dos outros seminários, onde foram apresentados os reconhecimentos sociais e as conquistas das políticas públicas voltadas para a população LGBT”, disse a conselheira Angélica Araújo. “Debatemos também sobre a atual conjuntura do país, onde estamos sendo ameaçadas em perder nossos direitos. O grande desafio é conseguir manter o pouco que já conquistamos”, avalia.
A conselheira Angélica Araújo disse que o grande desafio é manter as conquistas da população LGBT
     Sendo o primeiro seminário com a participação de mulheres bissexuais, o Senalesbi teve uma grande renovação de mulheres no movimento. “Acredito que houve cerca de 70% de renovação. Muitas lésbicas jovens participaram do seminário e elas têm muito a contribuir, pois elas passam a participar do movimento com uma leitura diferenciada e se comunicam de formas diferentes”, disse a conselheira Angélica.  
     Um dos propósitos do encontro foi a construção de uma rede de solidariedade e difusão de conhecimentos relevantes para as lésbicas e mulheres bissexuais. Além disso, as conselheiras também discutiram sobre estratégias de enfrentamento à lesbofobia, bifobia, sexismo, racismo e demais expressões da violência de gênero.
     Para a conselheira Rivânia Rodrigues o evento trouxe uma significativa troca de experiências. “Pudemos avaliar quais foram os avanços e quais são os desafios que as lésbicas e mulheres bissexuais enfrentam diariamente. Aproveitamos a oportunidade para mostrar como o Conselho de Saúde do Recife atua nessa temática e levamos a realidade do município que é uma cidade muito avançada nesse contexto”, disse a conselheira, se referindo ao laboratório LBT que atende as mulheres lésbicas, bissexuais e as transexuais no Hospital da Mulher do Recife.
      Rivânia também lembrou que Recife foi a primeira cidade do Norte/Nordeste a lançar um Política Integral de Saúde voltada a população LGBT. “Temos que fazer valer os documentos mais importantes que são os das conferências”, disse.
      Além das discussões, o evento também foi marcado pela diversidade de atividades culturais com apresentações de musicais, teatro, poesia, grupos de dança, cultura negra, entre outros.

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