Aconteceu na última quinta-feira 27/09,
na sede do Conselho Municipal de Saúde (CMS) do Recife, a 324ª Reunião Ordinária,
que teve como ponto principal a apresentação da Política de Atenção a Saúde do Trabalhador
e Trabalhadora. Convidados para apresentar as metas e avanços da Política, destinando-se
à saúde, no que se referem à disposição física e mental do trabalhador e
trabalhadora, os representantes da Política, Cybelle dos Santos e Eduardo Feijó,
falaram sobre os trabalhos que são realizados pelo Centro de Referência em
Saúde do Trabalhador (CEREST).
“Nós trabalhamos para capacitar as
pessoas e divulgar a cultura da saúde do trabalhador. Nosso foco é dar
visibilidade à Política junto aos gestores e ao Controle Social, onde é
necessária a inclusão das ações na saúde do trabalhador(a)”, ressalta Cybelle,
se referindo aos trabalhos já realizados pelo CEREST-Recife.
Convidada para fazer o contraponto, a
representante da CUT-Recife, Lindinere Ferreira, enfatizou a necessidade da
existência do CEREST na luta dos trabalhadores(as) para um trabalho digno,
gratificante e salubre. "Essa iniciativa tem que partir de todos nós, a
saúde da mulher trabalhadora é o principal ponto a ser discutido. O CEREST
precisa estar atento à saúde da mulher trabalhadora, que, por muitas das vezes,
tem jornada tripla de trabalho e negligência por falta de estímulo. Precisamos
olhar por essas que não chegam até lá", exemplificou ressaltando as
necessidades das mulheres que muitas trabalham em dois ou até três turnos de
trabalho, seja dentro ou fora de casa.
Lindinere também ressaltou que a política deve ser transversal e intersetorial. “Passamos por uma conjuntura sem perspectiva de mudanças, nos obrigando a pensar nos planos de saúde não em caixinhas, mas que transversalize para toas as áreas”, ponderou, levando o questionamento acerca de ter recortes de populações específicas, a exemplo da população negra, LGBT, mulher em terceiro turno. “Precisamos conhecer o perfil produtivo dentro do território de abrangência do CEREST-Recife para entender como chegar ao trabalhador e trabalhadora”, finaliza.
Lindinere também ressaltou que a política deve ser transversal e intersetorial. “Passamos por uma conjuntura sem perspectiva de mudanças, nos obrigando a pensar nos planos de saúde não em caixinhas, mas que transversalize para toas as áreas”, ponderou, levando o questionamento acerca de ter recortes de populações específicas, a exemplo da população negra, LGBT, mulher em terceiro turno. “Precisamos conhecer o perfil produtivo dentro do território de abrangência do CEREST-Recife para entender como chegar ao trabalhador e trabalhadora”, finaliza.
O coordenador do CMS-Recife, Cristiano
Nascimento, lembrou a recomendação do CEREST que se refere as profissionais
gestantes que trabalham em ambientes insalubres. "Não devemos esquecer e
nem negligenciar as profissionais que estão grávidas e mesmo assim recebem
"autorização" para trabalhar, mesmo que ambientes totalmente
desaconselháveis, precisamos conscientizar os médicos também", disse
Cristiano.
O conselheiro e coordenador da
CIST-Recife, Euclides Monteiro, solicitou um encaminhamento, para que o Conselho
provoque uma audiência pública junto a Câmara de Vereadores sobre o
enfretamento ao assédio moral nas empresas e/ou perseguição no ambiente de
trabalho nas repartições públicas ou privadas. "Precisamos estar atentos
no que se refere aos casos de insistência e perseguição as mulheres no ambiente
de trabalho, é um tema bastante complexo", concluiu o conselheiro.
Durante a plenária, outro ponto de pauta,
foi a apresentação do Programa de Residência de Odontologia em Saúde Coletiva. Arturo
Jordan, representante do Programa, fez uma breve apresentação da residência, que
tem como objetivo formar profissionais com ciência do que é o Controle Social.
"Investir em residência é fundamental para a formação de um bom
profissional, a residência é onde ele entra em contato com o campo totalmente
prático, saindo do campo teórico que ele se encontra", disse Arturo.
A Conselheira e preceptora do Programa
no CMS-Recife, Iris Maria, intensificou a necessidade de profissionais bem
capacitados e engajados com os interesses da população e suas necessidades. “Eu
enquanto Conselheira fico muito feliz que de forma muito assertiva nós fazemos
com que os residentes saiam daqui sabendo como funciona o Controle Social e
levem isso para fora do convívio do Conselho", disse a conselheira.
O residente em odontologia, Victor de
Albuquerque intensifica a importância do Programa nos Conselhos de Saúde. “Víamos
o CMS muito distante e depois de participar das atividades que são realizadas
pelos conselheiros, temos outra visão. Eu considero que foi uma prática
interessante”, ressaltou Victor. Para o residente, as discussões nas comissões
permanentes do Conselho são intensas. “As reuniões internas são bem calorosas e
às vezes isso causa certo desconforto, pois sou bem calmo, mas acredito que faz
parte do processo”, finaliza.
No decorrer da plenária, a coordenadora
da Comissão de Fiscalização, Vera Lúcia, fez a apresentação do relatório mensal
das atividades da Fiscalização do CMS, onde foram realizadas quatro visitas e
apresentadas às necessidades de cada Unidade de Saúde da Família (USF) visitada:
USF Tia Regina, USF Alto do Pascoal, USF Pilar e USF Santa Terezinha. Agora, os
relatórios seguirão para a Secretaria de Saúde com os devidos encaminhamentos.
Além disso, Vera enfatizou a necessidade
do acompanhamento aos trabalhadores, visando melhorias no atendimento aos
usuários, sabendo-se que o bem estar do trabalhador está atrelado ao bem estar
do usuário. “Esse é um trabalho muito importante para o funcionamento ideal das
Unidades de Saúde. Precisamos nos preocupar em dar atenção a esses locais que
ficam mais escondidos, onde a informação demora a chegar", enfatizou Vera,
se referindo a USF que são de difícil acesso.
Encerrando a plenária, o colegiado aprovou
uma capacitação para conselheiros(as) Municipais com o tema: Controle Social e
o papel dos(as) Conselheiras(os) com previsão para realização ainda este ano,
além de eleger representações para as vacâncias das Comissões Permanentes e
Comitês de Ética.
A próxima Reunião Ordinária está
programada para a última quinta-feira de outubro, às 14h. A reunião é aberto ao
público.
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