Na sessão plenária extraordinária que aconteceu na última quinta-feira,
20, o colegiado recebeu as apresentações da Política de Saúde da População
Negra e do projeto Sanar Recife, além de discutir demandas administrativas como
vacância de comissões e apreciações de ATAS.
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Mesa coordenadora: Audenise Bonifácio (E), Oscar Correia (C) e Janaína Brandão (D),
secretária executiva, coordenador geral e vice-coordenadora do CMS, respectivamente. |
Com os trabalhos iniciados pelo coordenador geral do
Conselho, Oscar Correia, as apresentações seguiram a pauta e foram apreciadas
pelo coletivo. No primeiro momento, a gerente de Política de Saúde da População
Negra, Sony Santos, trouxe o aparato da política onde exemplificou que o
objetivo da política é "promover a saúde integral da população negra
destacando a importância da redução das desigualdades raciais, do enfrentamento
ao racismo e à discriminação nas instituições e serviços do SUS/Recife".
A conselheira Rivânia Rodrigues (segmento usuário,
representando a AMOTRANS) ressaltou que é importante trazer essa discussão para
dentro do conselho e falou das dificuldades em realizar as atividades nos terreiros. "Os profissionais de saúde devem entender que aquele espaço
[os terreiros] é um espaço de cidadania", disse. Diante do exposto, Sony
falou que há ações realizadas por ACS dentro dos Distritos Sanitários, como
postos volantes, uma vez que entende o terreiro como "espaço de promoção à saúde".
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Sony Santos apresenta a política da Saúde da População Negra |
A conselheira Liana Chaves (segmento Gestor/Prestador,
representando a Faculdade Pernambucana de Saúde - FPS), parabenizou as
propostas e como ela vem sendo trabalhada pelos profissionais na ponta. Além
disso, também perguntou se existe um espaço de discussão nas universidades para
debater a política. Em resposta, Sony falou que existe um canal com as
universidades e que há uma parceria com os NEABs - Núcleos de Estudo Afro Brasileiros.
Dando continuidade a pauta, a coordenadora de TB/Hansen do
DS III, Ana Priscila Duarte, trouxe a apresentação do Projeto Sanar Recife. Com
o objetivo de reduzir a carga de doença ou eliminar enquanto problema de saúde
pública, a política traça estratégias de enfrentamento das quatros doenças
transmissíveis negligenciadas no município do Recife: Hanseníase, Tuberculose,
Filariose e Geohelmintíase.
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Ana Priscila Duarte, representou a coordenadora do programa de Enfrentamento às
Doenças Negligenciadas SANAR - Recife, Ariane Bezerra, na apresentação ao CMS |
O Conselheiro e Coordenador do CMS-Recife, Oscar Correia,
trouxe a fala de pacientes com tuberculose que, segundo ele, têm efeitos
colaterais por não ter uma alimentação adequada ao tratamento e perguntou se
ainda é distribuída a cesta básica para esses pacientes. Ana Priscila disse que a entrega da cesta básica era um incentivo do fundo global e que hoje
não há mais essa distribuição garantida, mas que existe uma parceria com os
CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) e os
CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) que avaliam as questões socioeconômicas
dos pacientes afim de receber a cesta básica para melhorar a condução do
tratamento.
Como deliberações, o pleno aprovou que a conselheira Rivânia
Rodrigues representasse o CMS-Recife no Seminário Nacional de Atenção
Integral da Saúde das Mulheres Lésbicas e Bissexual, na cidade de Brasília; o conselheiro
José Cleto representará o CMS-Recife no Seminário de Saúde e Política de Saúde
do Recife, no DS VI e VIII; e foi aprovada a publicação de uma resolução do CMS-Recife, manifestando posição contrária a prática adotada pela Unidade de Saúde da Família Bernard
Van Leer, em Brasília Teimosa.
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