Na tarde de ontem, quinta-feira, 28, o colegiado do
CMS-Recife se reuniu para realização da sua 284ª Reunião Ordinária. Tendo como
pauta a apresentação da Atenção Obstétrica no Recife, os conselheiros e
conselheiras acompanharam os dados trazidos pela secretária Executiva de
Regulação, Fernanda Casado, e pela secretária Executiva de Atenção à Saúde,
Eliane Germano.
Iniciada com a leitura da pauta e apresentação dos
presentes, a reunião seguiu o protocolo e convidou a supracitada secretária
para apresentação da atual situação das maternidades dentro do município do Recife.
Fernanda trouxe a metodologia adotada, os valores e os quantitativos dos leitos
de obstetrícia no Recife.
Fernanda Casado fez a apresentação da Atenção Obstétrica no Recife |
Foi aberto o debate, onde os/as conselheiros/as
colocaram seus questionamentos. Entre as falas, o conselheiro Carlos Freitas
perguntou qual o quantitativo de leitos obstétricos dentro do município e se
esse número é suficiente. A secretária Executiva de Atenção à Saúde, Eliane
Germano, afirmou que, nas maternidades Arnaldo Marques e Barros Lima, há 50
leitos em cada, e na maternidade Bandeira Filho, 25. Mas ressaltou que com a
chegada do Hospital da Mulher, esses leitos serão consideravelmente ampliados,
chegando a realizar cerca de 400 partos/mês.
Eliane Germano esclareceu o colegiado acerca da temática da reunião plenária |
O tema foi amplamente discutido, visto que o
CMS-Recife já vem pautando essa temática nos espaços de controle social ao qual
tem representatividade. É o caso do conselheiro José Ribeiro, que, na etapa de
Macrorregional da 8ª Conferência Estadual de Saúde de Pernambuco, realizada em
março, falou que os municípios circunvizinhos à Recife estão fechando suas
maternidades acarretando superlotação nas unidades da Cidade. “Precisamos fazer
uma repactuação do SUS na região metropolitana”, disse seu Ribeiro. “Precisamos
fazer uma proposição para levar a conferência municipal e estadual para mostrar
politicamente uma posição nossa a favor das grávidas de Recife”, finalizou.
Ribeiro ressaltou que o Controle Social deve está
dentro dessas discussões em consonância com a gestão para que criem soluções
para essa problemática. Essa questão também foi um ponto alertado pelo
conselheiro José Cleto, que, nas etapas de microrregionais da 12ª Conferência
Municipal de Saúde do Recife já havia informado que Jaboatão dos Guararapes,
Camaragibe e Olinda tinham fechado suas maternidades e que as mulheres do
Recife estavam tendo seus bebês em outras cidades como é o caso de Vitória de
Santo Antão, Palmares e Moreno devido à lotação nas maternidades locais,
acarretando assim, a perca de cidadania dos bebês de mães recifenses.
Na reunião também foi citado os dados referentes
aos índices de mortes maternas de 2014, que, embora ainda não tenham sido
concluídos, já há um número de casos suspeitos para esse primeiro semestre de
2015. Diante disso, o conselho se antecipou no debate e realizará uma reunião
extraordinária, dia 11 de junho, onde convidará o Fórum de Mulheres de
Pernambuco e do grupo Curumim, para ampliar o debate acerca dessa temática.
Por fim, o colegiado deu continuidade à pauta e
resolveu questões administrativas como vacância e informes das comissões,
aprovação das ATAS 277, 278, 279 e 281 e informes gerais.