Para discutir sobre a falta de medicamentos na rede de Saúde do Recife,
a Comissão Executiva convocou representações da Assistência Farmacêutica (AF) da
Secretaria de Saúde (Sesau) para prestar esclarecimentos sobre as diversas
denúncias que o CMS-Recife vem recebendo. Uma solicitação da Comissão de
Fiscalização, a referida reunião teve como princípio ouvir a gestão sobre os
problemas quanto a aquisição e dispersão dos medicamentos e insumos que, por
vezes, não são encontrados nas farmácias das unidades de Saúde.
“Nosso propósito, enquanto Comissão de Fiscalização, é vistoriar as
unidades de saúde e verificar quais são os problemas que mais atingem os
usuários do SUS, e entre eles estão a falta de medicamentos”, disse a
coordenadora da referida comissão, Lucelena Cândido. “Por isso que chamamos os
responsáveis pelas farmácias para nos esclarecer o que está acontecendo na rede”,
finaliza.
De acordo com relatórios da Fiscalização, mais de 30 medicamentos estão em
falta na rede e isso acarreta perdas significativas no tratamento de pacientes
hipertensos e diabéticos, por exemplo. Em resposta, a gestão reconhece o
problema, mas diz que vem dialogando, sistematicamente, com sua equipe para monitorar
e diminuir os impactos que a falta de medicamentos ocasionam na rede. Foi dito
também que essa é uma pauta prioritária da gestão e foi ressaltado que muitos
dos medicamentos serão ou já estão sendo repostos.
Outro ponto discutido foi a questão a empresa contratada pela Sesau
para distribuir os medicamentos e insumos: a SaúdeLog. Para os conselheiros, a
logística adotada não atende as necessidades da rede. “Queremos uma cópia do
contrato da SaúdeLog para que esta casa tenha conhecimento do quanto é gasto e
quais são as atividades que a empresa realiza”, disse a vice-coordenadora do
CMS, Keila Tavares.
O diretor executivo de Administração e Finanças da Sesau, Felipe Bittencourt,
disse que um grande problema era a localização da empresa (localizada em Jaboatão
dos Guararapes), mas, este ano, a gestão garantiu um galpão próprio o que,
segundo ele, irá melhorar na dispersão dos medicamentos e insumos. “Estamos
fazendo a migração dos nossos insumos para a Guabiraba o que agilizará o
processo de entrega nas farmácias, pois ficará mais próximo da gente”, conta.
Felipe também se prontificou de encaminhar o atual contrato da SaudeLog que,
aliás, foi renovado por mais um ano.
Além do diretor executivo de Administração e Finanças da Sesau, a
gerente geral de Alta e Média Complexidade, Mônica Vasconcelos e os
representantes da AF, João Maurício e Laura Maria Araújo, participaram da reunião.
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