Contando com a presença da nova coordenadora da Política
Municipal de Atenção a Saúde da Mulher, Karla Regina, o plenário do Conselho
Municipal de Saúde (CMS) do Recife realizou a sua 301ª Reunião Ordinária. Além
da referida Política como principal ponto da pauta, o colegiado tratou de questões
de esfera administrativa, a exemplo de vacâncias de comissões e
representatividade em eventos.
Mesa coordenadora |
Convidada para apresentar as ações e os principais desafios
da Política da Saúde da Mulher, Karla Regina explanou os objetivos da política
e como ela é implantada na Cidade do Recife. “A área técnica de Saúde da Mulher
é responsável pela assistência ao pré-natal, incentivo ao parto natural,
redução da mortalidade materna, enfrentamento da violência contra a mulher,
assistência às mulheres negras e população LBT, além do diagnóstico e
monitoramento dos cânceres de mama e de colo do útero”, disse Karla. Além desses
pontos, o Conselho também solicitou que fosse apresentado o recorte das
Notificações Compulsórias da Violência contra a Mulher do Recife.
A coordenadora da Política de Saúde da Mulher, Karla Regina, apresentou as ações e os desafios que a referida política enfrenta no Recife |
Aberto o debate, os conselheiros e conselheiras puderam expor seus questionamentos. A conselheira Sônia Pinto perguntou como está sendo o acompanhamento das mulheres que são diagnosticadas com câncer de mama e de tireoide. "Para onde essas mulheres estão sendo encaminhadas?", indaga. Em resposta, Karla disse existe um fluxo de encaminhamento para as mulheres que tiveram alterações na mama. "O médico da atenção básica é o responsável pelo encaminhamento. Após notificado que existe uma alteração na mama, e dependendo do tamanho do nódulo, o médico saberá para qual especialidade deve encaminhar essa mulher: se é um ginecologista ou um mastologista", disse. "O tratamento de câncer de mama é feito na rede estadual. O médico que acompanha a mulher diagnosticada com câncer fará seu encaminhamento pela regulação estadual", disse.
A conselheira Sônia Pinto participou do debate |
Os atrasos na entrega de exames de citologia, os cuidados com a população LBT, a participação dos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) nas ações direcionadas as comunidades e quanto a política recebe para manutenção de suas ações foram outros assuntos discutidos pelo colegiado.
A respeito das notificações compulsórias da violência contra a mulher, a coordenação da Política apresentou percentuais detalhados por idade, raça/cor, tipos de agressão e quais unidade de Saúde dão notificadas. Os dados compreendem de 2010 até setembro de 2016.
Nos assuntos administrativos, o Colegiado aprovou, por unanimidade, uma Moção de Repúdio
contra a PEC 241 que limita os gastos públicos para os próximos 20 anos
impactando, sobretudo, em áreas como Saúde e Educação.
Por fim, foram discutidas as vacâncias das
comissões e foram escolhidos as conselheiras Vasti Soares, Vera Lúcia e
Lucelena Cândido para representar o CMS-Recife no 7º Simpósio Brasileiro de
Vigilância Sanitária (SIMBRAVISA) que acontecerá entre os dias 26 e 30 de
novembro em Salvador/BA.
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