Durante
a realização da 212a Reunião Extraordinária do Conselho Municipal de Saúde
(CMS) do Recife, o colegiado convocou, em parceria com a Secretaria de Saúde do
Recife, a 14a Conferência Municipal de Saúde para o mês de março de 2019. A
convocatória vem atender ao chamado da agenda Nacional que no ano que vem realizará a 16a Conferência Nacional de Saúde (8ª + 8), em alusão a 8ª CNS
realizada em 1986 sendo considerada um marco para as discussões sobre saúde
pública e a criação do SUS.
Dessa
vez, a Conferência Municipal terá um público alvo específico que contemplará os
Conselheiros(as) de Saúde, sejam eles Municipal, Distrital e de Unidade, como
representantes legais e de direito da população do Recife, além de conceder
vagas para representações de entidades dos Usuários e Trabalhadores. O Regulamento foi aprovado e deverá sair em publicação no Diário Oficial do Município.
Com os
trabalhos do GT encerrados, o CMS-Recife instituiu a Comissão Organizadora da
14a Conferência. Agora, a referida Comissão dará continuidade as demandas
relacionadas à Conferência.
Outro
item de discussão na pauta foi a apresentação do Projeto Farmácia Viva. Instituído no Estado
do Ceará, o projeto tem como premissa a manipulação e a dispensação de plantas
medicinais e fitoterápicas, como explica Luciana Lima, coordenadora técnica do Farmácia
Viva. "[O projeto] visa a manipulação de medicamentos fitoterápicos, que
vai desde o cultivo das plantas medicinais até a transformação dessas plantas
em medicamentos fitoterápicos", esclarece.
O principal ponto da discussão foi a
possibilidade de redirecionar parte da verba destinada para aquisição de equipamentos
e insumos para funcionamento da Farmácia Viva para que o recurso fosse
utilizado na reforma do espaço onde são ofertados os serviços das Práticas
Integrativas e Complementares (PICs). Porém,
após análise das Comissões de Fiscalização, de Orçamento e da própria PICs, o
CMS-Recife reconheceu que não tem essa premissa de aprovar a mudança de rubrica
de um recurso oriundo do Ministério da Saúde. "O conselho não tem poder para aprovar mudanças de recursos para outras finalidades das quais constam no edital do Programa Farmácia Viva", explica a conselheira e membro da Comissão das PICs, Adriely Araújo. "O papel do Conselho é de avaliar o pedido de mudança na finalidade do recurso, juntamente com gestão municipal, e, a partir disso, a gestão pleitear junto ao Ministério, a aprovação ou não da utilização do recurso para tal fim", finaliza.
Durante
explanações da gerente de Atenção Básica, Ana Sofia Costa, informou que o
secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, esteve em Brasília recentemente
e conversou sobre o assunto. "Infelizmente obtivemos uma negativa do
Ministério e não podemos fazer essa mudança de rubrica. Mas, reafirmamos o
Recife tem interesse no projeto e que vamos fazer essa reforma através de
recursos próprios, pois enxergamos que vai ter uma melhora no acesso aos
fitoterápicos e vamos ter uma melhoria na qualidade da atenção à saúde dos
usuários", avalia.
A conselheira Adriely reforça que alguns pontos ainda ficaram sem os devidos esclarecimentos.
"Precisamos saber quanto será esse dinheiro para reforma, como será esse
novo projeto, o detalhamento dessa reforma e receber o contrato de aluguel mais
atual da casa", ressalta. A gestão se prontificou em elucidar os questionamentos da conselheira em outros momentos para sanar todas as dúvidas que foram postas no debate.
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