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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Visibilidade Trans é pauta no CMS-Recife

    Na semana em que se comemora a Visibilidade Trans em todo o país (29 de Janeiro é o Dia Nacional da Visibilidade Trans), o CMS-Recife convidou a Articulação e Movimento para Travestis e Transexuais de Pernambuco (AMOTRANS) para apresentar um pouco do seu histórico de luta e fortalecimento dessa população dentro do Estado. Sendo pauta da 292ª Reunião Ordinária do Conselho (realizada na tarde de ontem, quinta-feira, 28), a apresentação da AMOTRANS, feita pela sua vice-coordenadora, Glayceanne Andrade, ressaltou aos conselheiros/as as ações, dificuldades e conquistas que a entidade soma ao longo dos anos desde a sua formação em 2008.
   Tendo como objetivo o cuidado com a cidadania e os direitos humanos das travestis e transexuais em Pernambuco, a AMOTRANS está há sete anos em constante diálogo nos diversos espaços da sociedade promovendo encontros, palestras e sensibilização sobre as questões que envolvem as Trans.
A vice-presidente da AMOTRANS, Glayceanne Andrade, apresentou as conquistas da entidade
    Em sua apresentação, Glayceanne falou do alarmante número de trans e travestis que são assassinadas no país - são mais de 55 mortes registradas em todo o Brasil somente neste mês de janeiro de 2016. Glayceanne também ressaltou que existe um grande preconceito da população em não aceitar, não cuidar e não respeitar as trans e travestis fazendo com que muitas delas fiquem esquecidas e não procurem por serviços comuns ao cidadão, a exemplo da saúde e da formação profissional.
A Conselheira Josilene Carvalho disse que é importante discutir a
visibilidade trans nos diversos espaços da sociedade
    A conselheira Josilene Carvalho, que também incorpora o Conselho Municipal da Mulher (CMM) do Recife, falou que é muito importante essa participação de mulheres trans nesses debates pois, assim, impulsionam um maior avanço para uma política voltada para a visibilidade dessa população.
O Conselheiro José Ribeiro fala sobre o machismo que existe no movimento LGBT
   Para o conselheiro José Ribeiro, existe um certo machismo entre o movimento LGBT onde, alguns, não aceitam seu corpo e/ou sua condição de ser. Já a conselheira Rivânia Rodrigues, aproveitou a oportunidade para dizer que existe machismo, mas que isso é em decorrência "a uma sociedade heteronormativa que gerou um modelo cultural onde vivemos".
A Conselheira Rivânia Rodrigues participou da reunião contribuindo com o debate 
   Um ponto importante que merece destaque é a conquista do registro do nome social no cartão SUS que, mesmo sendo um processo lento, em Recife já é possível realizar essa demanda, fazendo com que o nome de batismo seja registrado apenas no DataSUS (Departamento do Ministério da Saúde que tem como responsabilidade coletar, processar e propagar informações sobre saúde). 
   Por fim, o colegiado aprovou as ATAS 187 e 289, além de marcar uma reunião extraordinária para o dia 18 de fevereiro onde tratará, exclusivamente, da aprovação do Planejamento Estratégico do CMS-Recife para este ano.

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